data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Pedestres e lojistas convivem desde janeiro de 2020 com as pedras, buracos, entulhos, cavaletes e, recentemente, com o cheiro de esgoto
As obras no Calçadão Salvador Isaia continuam, e os problemas causados pela reforma ainda incomodam pedestres e quem trabalha no local. Com a chuva dos últimos dias, as reclamações em relação às condições do calçadão aumentaram. Os buracos, o pedregulho e o cheiro de esgoto são os principais pontos levantados. No começo deste mês, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) iniciou o trabalho nas redes de abastecimento de água e de esgoto cloacal e pluvial junto às galerias construídas no subsolo. A estimativa da Corsan é que o serviço termine na primeira semana de abril.
- Nosso cronograma prevê 10 semanas de trabalho, estamos na oitava semana. A chuva não impactou no andamento do serviço, então acredito que não vai atrasar. A estimativa é entregar nossa parte entre os dias 4 e 7 de abril - afirma o superintendente da Corsan da Região Central, José Roberto Epstein.
Além disso, a empresa De Marco, de Erechim, deu lugar no canteiro de obras à Urbanes Empreendimentos, de Santa Maria, que está auxiliando a concessionária. Este deve ser o penúltimo capítulo da novela. No fim de fevereiro, antes da nova etapa, o Executivo estimava que a obra estava 40% concluída.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Eduardo Ramos (Diário)
COMÉRCIO
Enquanto os santa-marienses e visitantes precisam conviver com os transtornos, lojistas vão dando um jeito de garantir um melhor acesso aos estabelecimentos. Em uma das lojas, os funcionários colocaram papelão na porta e na vitrine para que os clientes possam entrar e ver as novidades do lado de fora já que não há mais piso em frente à loja. A gerente do estabelecimento, Maria Rizzatti, 57 anos, reclama da morosidade.
- A situação está bem crítica. O movimento diminuiu muito em função da obra, e está se alastrando demais. A gente não vê um retorno. Está cada vez pior, mais buraco, mais pedregulho. Quando choveu piorou a situação. Não tem como ter fluxo de clientes com esse estado do Calçadão.
O comerciante Maurício Mozaquatro da Rocha, 42 anos, fala que o estado do Calçadão fica cada vez pior com o passar da obra e relata a insegurança para quem transita no local.
- Na frente da Galeria do Comércio tem uma parte que já foi arrumada e está cedendo. Tiraram os canteiros do meio, a iluminação está precária. O pessoal deixa de vir por causa da buraqueira. Já teve um senhor que caiu aqui na frente por causa dos buracos.
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Quem vai ao centro para comprar, passear ou apenas de passagem, reclama da demora no andamento da obra e de como fica o local em dias de chuva.
- Está complicado. Sabemos que tem a parte interna das galerias. O problema é que agora entramos em um período de chuva e fica ainda pior. Esperamos que termine logo, até porque esse é um dos nossos cartões postais - afirma o autônomo Odinei Kieling, 39 anos.
- É uma pouca vergonha isso. Demorado é apelido. Até cego vê que a situação está difícil. Tenho que andar com meu neto no colo porque não dá para soltar nos buracos - garante o aposentado Antônio Alberto Pasqualin, 65 anos.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A prefeitura, por meio de nota, informa que o trabalho feito pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) acontece das 20h às 6h, de segunda a sexta-feira. O horário, de acordo com o Executivo, foi estrategicamente escolhido na tentativa de minimizar os impactos ao comércio local, aos pedestres e ao trânsito. Após as escavações, os locais são fechados temporariamente, para que seja possível que as pessoas circulem pelo Calçadão durante o dia, momento em que os trabalhos ocorrem no subsolo, dentro das galerias. Além disso, a Secretaria de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos, estima que, em porcentagem, cerca de 40% do total do serviço está feito.
PRÓXIMO PASSO
Para a fase final da obra, está previsto reforço da nova estrutura do passeio público, com nova fundação e compactação no entorno da galeria, concreto armado alisado e polido com tratamento antiderrapante, drenagem superficial, canaletas e grelhas. E, por fim, será instalado o mobiliário urbano, como os decks e canteiros, paisagismo, iluminação e demandas de acabamento. Uma nova licitação será lançada para esta etapa da obra.